A Universidade Federal de Campina Grande esteve representada, na última semana, no V Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa (V Ealusófono), realizado no Arquipélago de Bijagós, na Guiné-Bissau, país localizado na África Ocidental. O estudante Eduardo Gomes, do curso de Design, apresentou os resultados de seu projeto de extensão denominado “Design e Sustentabilidade – o Design para a formação ecocidadã de jovens no espaço escolar”. O evento teve como tema “Crise Ecológica e Migrações: Leituras e Respostas da Educação Ambiental”.

O trabalho de Eduardo, sob coordenação do professor Marconi França, e com co-autoria também da coordenadora de planejamento urbano da Prefeitura Municipal de Remigio/PB, Tatiana Andrade, aborda o uso do Ecodesign, um viés sustentável da atividade, buscando onde e como aplicá-lo de forma a reaproveitar resíduos, gastar menos materiais e energia, preservar a natureza de diversas formas.

“Apresentar o trabalho, e especialmente viver essa experiência na África, foi enriquecedor, inexplicável. Conheci ações realizadas Brasil afora, tive contato com órgãos governamentais, inclusive estou em diálogo com o Instituto da Biodiversidade de Áreas Protegidas da Guiné-Bissau (IBAP), a convite de seus membros, para desenvolver projetos de educação ambiental e design para escolas na capital do país”, contou o autor do projeto.

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Durante o evento, ele também participou de oficinas e da rotina dos alunos. “Eles apresentavam canções, houve muitos momentos de interação e lazer com as crianças. É uma experiência que ultrapassa e muito o contexto acadêmico”, completou.

A co-autora do projeto, Tatiana Andrade, também comemorou os resultados. “É um trabalho pioneiro na nossa região. Pensar a questão da sustentabilidade e dos resíduos sólidos a partir da perspectiva do Design exige muito esforço, mas também envolve os alunos atendidos, ensina, educa, ao mesmo tempo em que ajuda a buscarmos um mundo melhor. É um orgulho ver Eduardo lá, e falo enquanto acadêmica e também como pessoa da gestão pública do município. Faz a gente vibrar, ver que é possível cruzar o oceano para mostrar um trabalho que dá certo e que vai seguir alcançando muitos resultados”, comentou ela, que também é pós-graduada em Desenvolvimento Sustentável.

A próxima edição do EALUSOFONO será em Cabo Verde.

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