MEC e Inep divulgam resultados do Enade 2017 e indicadores de qualidade da educação superior
Os resultados da edição de 2017 do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o perfil dos participantes e dois dos indicadores de qualidade da educação superior que dele derivam – o Conceito Enade e o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) – foram apresentados pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em coletiva de imprensa nesta terça, 9, em Brasília (DF).
O Conceito Enade e o IDD são dois dos indicadores de qualidade da educação superior calculados anualmente pelo Inep, a partir da combinação do resultado do exame com outras bases de dados. Enquanto o Conceito Enade é um indicador calculado a partir dos desempenhos dos estudantes concluintes dos cursos de graduação, o IDD busca mensurar o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, considerando seus desempenhos no Enade e no Enem.
Em novembro, o Inep divulgará outros dois indicadores: o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Esses dois, também derivados dos resultados do Enade e de outros insumos, ditam a regulação exercida pelo MEC dos cursos e nas instituições de educação superior.
Além dos resultados do Conceito Enade e do IDD de cada curso avaliado, o Inep publicou em seu portal o resultado geral do Enade 2017 e o perfil do participante. Os resultados não podem ser comparados de um ano para o outro, pois avaliam o desempenho dos estudantes de áreas distintas. Tampouco é adequada a comparação dos resultados de um ciclo avaliativo para outro, uma vez que o instrumento de avaliação é diferente. Mas é possível observar a diferença de desempenho entre os graus acadêmicos nas questões de formação geral, que são iguais para todos os estudantes que fizeram o Enade 2017 e representam 25% da avaliação.
Além dos resultados nas provas, o Enade, por meio do Questionário do Estudante, permite traçar o perfil dos concluintes avaliados. A informação, combinada ao desempenho na prova, pode ajudar na definição de políticas públicas e também guiar melhorias das próprias instituições e cursos. A orientação do Inep é que as instituições se apropriem dos dados para melhorar seus projetos pedagógicos. É esta a principal contribuição de um exame como o Enade. Mais do que um olhar sobre a qualidade do sistema de educação superior, ele possibilita às instituições uma reflexão do desempenho de cada um dos cursos de graduação à luz de seus projetos pedagógicos.
O Inep está divulgando, de forma conjunta, os resultados do Enade, o perfil do participante, o Conceito Enade, o IDD, os microdados do Enade e os relatórios. Esse volume de evidências pode e deve ser apropriado pelos professores, coordenadores de cursos e pelos gestores de cada instituição de educação superior brasileira.
Enade
Previsto na lei que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de 2004, o Enade avalia o desempenho dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos que se propõem a ensinar e as habilidades e competências desenvolvidas pelo estudante durante sua formação. O exame é obrigatório, só podendo colar grau o concluinte que responder ao questionário do estudante e fizer a prova.
Os resultados do Enade são divulgados no Portal do Inep por meio dos relatórios síntese de área, dos relatórios de curso e de instituições de educação superior e dos microdados do Enade. Já o Boletim do Estudante é disponibilizado no Sistema Enade, com acesso restrito ao participante.
A cada ano o Enade se dedica a um ciclo avaliativo trienal. Em 2017, foram avaliados os estudantes das seguintes áreas:
– Bacharel nas áreas de arquitetura e urbanismo; engenharia ambiental; engenharia civil; engenharia de alimentos; engenharia de computação; engenharia de controle e automação; engenharia de produção; engenharia elétrica; engenharia florestal; engenharia mecânica; engenharia química; engenharia; e sistema de informação;
– Bacharel ou licenciatura em ciência da computação; ciências biológicas; ciências sociais; filosofia; física; geografia; história; letras – português; matemática; e química.
– Licenciatura em artes visuais; educação física; letras – português e espanhol; letras – português e inglês; letras – inglês; música; e pedagogia;
– Tecnólogo em análise e desenvolvimento de sistemas; gestão da produção industrial; redes de computadores; e gestão da tecnologia da informação.
Indicadores de qualidade da educação superior – Expressos em escala contínua e em cinco níveis, são importantes instrumentos de avaliação da educação superior brasileira. O Conceito Enade avalia os cursos de graduação a partir dos resultados obtidos pelos estudantes no exame. O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) mede o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, considerando seus desempenhos no Enade e suas características de desenvolvimento ao ingressar no curso de graduação avaliado.
O Conceito Preliminar de Cursos (CPC) combina, em uma única medida, diferentes aspectos relativos aos cursos de graduação: desempenho dos estudantes, valor agregado pelo processo formativo oferecido pelo curso, corpo docente e condições oferecidas para o desenvolvimento do processo formativo. O Índice Geral de Cursos (IGC) é o resultado de avaliação das instituições de educação superior. Trata-se de uma média ponderada, a partir da distribuição dos estudantes nos níveis de ensino, que envolve as notas contínuas de CPC dos cursos de graduação e os conceitos Capes dos cursos de programas de pós-graduação stricto sensu das instituições de educação superior.
Confira aqui a apresentação com os resultados e indicadores do Enade 2017
(Assessoria de Comunicação Social do MEC)