Governo da Paraíba assegura R$ 12 milhões para implantação de radiotelescópio no Sertão
Foi assinado na manhã desta terça-feira, dia 14, pelo governador João Azevêdo, o Termo de Outorga para Concessão de Recursos para implantação do Radiotelescópio Bingo no Sertão da Paraíba. A implantação terá um investimento no valor de R$ 12 milhões. A solenidade de assinatura aconteceu às 9h no Salão Nobre do Palácio da Redenção.
O radiotelescópio Bingo é um projeto internacional que conta com a participação de cientistas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade de Brasilia (UnB), Universidade de São Paulo (USP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de organismos internacionais da África do Sul, China, EUA, França, Portugal, Reino Unido, Suíça e Uruguai.
Será construído na região serrana do município de Aguiar, região foi escolhida por ser um espaço geograficamente adequado e livre de poluição eletromagnética, sendo considerada a maior área de silêncio do Brasil.
O reitor Antônio Fernandes destacou a satisfação da instituição em integrar um projeto de grande magnitude na área científica e do desenvolvimento do turismo regional. “É uma grande alegria para os pesquisadores da UFCG compor a equipe que será responsável pela implantação e gerenciamento do radiotelescópio. Nós agradecemos ao Governo do Estado por esse apoio fundamental, por ter visto a potencialidade que a iniciativa trará para o desenvolvimento do nosso estado”, disse.
Para Luciano Barosi, coordenador do projeto na UFCG, o evento desta terça-feira certamente é “histórico para a radioastronomia brasileira e um março para a ciência na Paraíba. Consolidamos uma visão de progresso com ciência, tecnologia e desenvolvimento humano em sincronia”, comemorou.
Uma vez concluído, o Bingo será um dos primeiros telescópios do mundo a estudar cosmologia e astrofísica usando a faixa de rádio, inaugurando uma nova janela de observações do nosso universo. Com o radiotelescópio, será possível medir a expansão do universo e inferir sobre as propriedades da energia escura, podendo indicar a distribuição das galáxias logo após o Big Bang.
(Ascom CCT/UFCG, com dados da Secom/PB – Foto de Francisco França)