CURSO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO DA UFCG COMPLETA 15 ANOS DE HISTÓRIA
Em celebração aos 15 anos de existência do curso de Engenharia de Petróleo do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a diretoria do centro homenageia sua história e desenvolvimento ao longo da última década. A UFCG saúda a todos que contribuem e/ou contribuíram para marcar a história do curso na instituição.
Histórico
A Campanha do Petróleo foi uma grande mobilização de massas que, sob o slogan de “O petróleo é nosso”, reunia professores, militares, estudantes, sindicalistas e populares em torno da bandeira do monopólio estatal integral para o setor. O processo de criação da Petrobras (1951-1953) foi uma das questões mais polêmicas do segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) e o desfecho de um longo debate político-ideológico que mobilizou o Brasil por quase uma década em torno do “problema do petróleo”. Historicamente, este debate dividiu a sociedade brasileira em duas correntes: de um lado, os que defendiam a exploração do petróleo brasileiro mediante a atração de capital estrangeiro – chamados de “entreguistas”; de outro lado, os que pregavam o monopólio estatal como única alternativa aceitável para a questão – conhecidos como nacionalistas. Parte da bibliografia especializada associou o presidente Getúlio Vargas e o seu projeto da Petrobras a esta última linha, sendo a implantação do monopólio estatal do petróleo uma das principais demonstrações de seu comprometimento com o nacionalismo econômico.
Durante o período do monopólio pela Petrobras, a formação de recursos humanos para o setor petrolífero brasileiro foi exercida essencialmente pela Universidade Corporativa da Petrobras, contando com dois núcleos, sendo um no estado da Bahia e outro no do Rio de Janeiro. Ao serem aprovados nos concursos da Petrobras, todos os novos funcionários da Empresa (Engenheiros, Químicos, Biólogos, Advogados e outros) recebiam uma formação específica do setor petrolífero na Universidade Corporativa da Petrobras.
Essa política de formação de recursos humanos se estendeu de 1953 a 1977, quando ocorreu a quebra do monopólio, por força da Lei Nº 9478 de 07/08/1997, a chamada “Lei do Petróleo”. Lei esta que também criou a Agência Nacional do Petróleo – ANP, atualmente atuando como Agência reguladora do setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Com a quebra do monopólio e a inserção no mercado de várias empresas petrolíferas nacionais e multinacionais, uma das constatações da ANP foi a carência de profissionais qualificados no setor de petróleo. A partir desta constatação, foi idealizado e implementado o Programa de Recursos Humanos da ANP – PRH/ANP, estabelecendo convênios com instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com recursos oriundos dos royalties do petróleo. O PRH/ANP teve como base a inclusão, no currículo de instituições de ensino, de disciplinas de formação específicas para atender às necessidades da indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis.
Mesmo diante de todas essas possibilidades de capacitação e, ainda, considerando os cursos de Pós-Graduação em nível de mestrado e doutorado, já existentes nessa época, a demanda por profissionais no âmbito da indústria de petróleo aumentava, em função da nova conjuntura técnica e econômica do Brasil. Perante ao exposto, vinham sendo criados cursos de graduação em Engenharia de Petróleo no país, sendo o primeiro deles na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), no estado do Rio de Janeiro, em 1994.
A idealização do curso de Engenharia de Petróleo na UFCG foi atribuída a implantação e consolidação do Programa de Recursos Humanos (PRH-25/ANP), introduzido na instituição no ano de 2000. Mediante isso, professores ligados ao PRH-25/ANP, congregando demais membros do corpo docente da UFCG devidamente capacitados no setor de petróleo, uniram-se para propor a criação e estruturação do Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo no âmbito do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT/UFCG). Deste modo, o curso de graduação em Engenharia de Petróleo da UFCG foi criado no ano de 2008, em decorrência da adesão ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), instituído pelo Decreto Nº 6.096, de 24 de abril de 2007.
O curso de Engenharia de Petróleo foi criado na Unidade Acadêmica de Engenharia Mecânica – UAEM/CCT/UFCG, do campus Campina Grande, onde o primeiro ingresso de alunos ocorreu no ano de 2009. O curso permaneceu vinculado a UAEM/CCT até dezembro de 2016, quando, naquele ano, foi criada a Unidade Acadêmica de Engenharia de Petróleo – UAEPetro, por meio da Resolução Nº 15/2016 do Colegiado Pleno do Conselho Universitário da Universidade Federal de Campina Grande, também vinculada ao Centro de Ciências e Tecnologia da UFCG.
Assim, a oferta do Curso de Engenharia de Petróleo da UFCG veio no sentido de cooperar para formação de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho nesta área estratégica, contribuindo para impulsionar o desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico local, regional e nacional, onde estes profissionais são cada vez mais imprescindíveis.
Infraestrutura
Atualmente, a Unidade Acadêmica de Engenharia de Petróleo (UAEPetro), localizada no Bloco CA1 no Campus Campina Grande, dispõe de uma edificação de 03 pavimentos (cerca de 900 m2), com fosso preparado para receber uma plataforma de elevação motorizada para pessoas com mobilidade reduzida, onde estão dispostos:
- Coordenação Administrativa;
- Coordenação de Curso;
- 02 secretarias;
- 08 Salas de Professores;
- 06 Laboratórios Didáticos e/ou Pesquisa;
- 02 Salas de apoio para os pesquisadores, vinculados aos Laboratórios de Pesquisa;
- 01 Auditório;
- 01 Sala de reuniões para os grupos discentes (agremiações) vinculados ao curso;
- 06 Banheiros com acessibilidade.
Perfil do curso de Engenharia de Petróleo
O Curso de Graduação em Engenharia de Petróleo da UFCG tem a sua estrutura organizada com base em princípios como a promoção de uma formação que permita ao aluno desenvolver sua cultura generalista e atuação em um ambiente onde, não só o conhecimento técnico-científico seja importante, mas, também, a formação nas áreas humanas e econômicas; o desenvolvimento de conhecimento multidisciplinar, principalmente nas áreas de exploração e produção de petróleo, de forma a contemplar as tecnologias onshore e offshore; a garantia de uma formação teórica sólida, proporcionando a capacidade de compreender a Engenharia de Petróleo como ciência aplicada de forma ao profissional ser capaz de participar ativamente de discussões com profissionais de outras áreas sobre temas e problemas do setor de óleo e gás; entre outros princípios que norteiam a atuação da formação do profissional na área.
A UFCG celebra o empenho e as contribuições de todos os docentes, discentes e técnicos administrativos na construção e manutenção do curso de Engenharia de Petróleo da UFCG a fim de torná-lo referência nacional na produção do conhecimento científico-tecnológico nos âmbitos da universidade pública brasileira e da sociedade civil.
A instituição ainda convida toda a comunidade acadêmica a participar da solenidade de comemoração pelos 15 anos de história do curso de graduação em Engenharia de Petróleo da UFCG que acontece na próxima segunda-feira (25/09) às 16h no auditório do Centro de Extensão José Farias Nóbrega.