Crianças carentes recebem brinquedos eletrônicos desenvolvidos por alunos da UFCG
Diversão. Essa foi a palavra de ordem que imperou na manhã da última quarta-feira, dia 28, durante a demonstração e entrega de brinquedos eletrônicos desenvolvidos por estudantes do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) para crianças carentes da Casa da Criança Dr. João Moura. Cerca de 30 crianças com idades entre 5 e 6 anos foram atendidas pela iniciativa.
A ação é fruto da disciplina “Dispositivos Eletrônicos”, ministrada pelo professor Jalberth Fernandes de Araujo, que propôs aos alunos desenvolverem projetos baseados nos conhecimentos adquiridos durante as aulas. A ideia é que os estudantes desenvolvessem brinquedos que eles gostariam de brincar quando criança e pudessem ser jogados em conjunto. O desafio foi lançado, e o resultado foi o melhor possível.
“Trinta e três alunos idealizaram e desenvolveram oito brinquedos ao todo. A entrega aqui na Casa da Criança foi uma motivação muito forte para a execução do trabalho. Essa é a primeira vez que fazemos uma ação aqui e a ideia é levar o projeto para escolas e outras instituições carentes”, explicou o professor Jalberth.
O estudante Mateus Moraes, da equipe que desenvolveu o pimbol eletrônico, falou sobre a experiência de criar brinquedos eletrônicos interativos e levá-los para fora da sala de aula. “A intenção é a gente usar um pouco do que aprendemos em sala de aula e mostrar que podemos levar boas ações para as crianças. Se eu fosse criança, eu iria querer ter brinquedos assim”, disse. O brinquedo desenvolvido pela equipe permite que até doze crianças brinquem juntas.
Além do compartilhamento dos brinquedos por mais de uma criança, outro desafio é a utilização de materiais acessíveis e de baixo custo. Foi o que pôde ser visto em todos os brinquedos desenvolvidos pelos estudantes.
“Utilizamos transistores, resistores e capacitores, mas também usamos madeira de balsa, restos de chinelo e copos descartáveis – estes últimos, materiais reaproveitáveis e de baixo custo. Com isso, unimos a questão sustentável e a criatividade”, explicou o estudante Daniel Ribeiro, da equipe desenvolvedora do brinquedo chuva de meteoros, sucesso entre as crianças, que faziam filas para arremessar bolinhas e ver quem conseguia mais pontos no jogo.
Além do pimbol eletrônico e da chuva de meteoros, foram desenvolvidas as versões eletrônicas do jogo imagem e ação e jogo da velha; braço de ferro; pense bem rápido; carrinho de bombeiro; e lápis que canta. Muitos, inclusive, despertando vocações. Que o diga o pequeno Kevin Silva, de 6 anos. “Gostei muito desse brinquedos tecnológicos. Quando eu crescer, quero fazer isso”.
(Ascom UFCG)