CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UFCG CELEBRA 70 ANOS DE EXISTÊNCIA EM 2022

Em celebração aos 70 anos do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a diretoria do centro homenageia sua história e desenvolvimento, com o surgimento da Escola Politécnica da Paraíba e a passagem de seus ilustres diretores ao longo das últimas décadas. A UFCG saúda a todas e todos que contribuem e/ou contribuíram para marcar o CCT na história da universidade pública brasileira.

Breve Histórico – Escola Politécnica da Paraíba

A Escola Politécnica da Paraíba foi a primeira instituição de ensino superior a se consolidar na cidade de Campina Grande. Criada durante o governo de José Américo de Almeida, a Escola Politécnica visava atender à demanda de uma instituição de ensino superior para os jovens e adultos que desejavam uma instrução técnica/científica, e que, na ausência de oferta, eram obrigados a se deslocar para outras cidades e estados a fim de obterem qualificação. Apesar da lei de criação da escola ter sido promulgada em 6 de outubro de 1952, a Escola Politécnica só entra em funcionamento a partir de 1954, com a realização do primeiro vestibular para o curso de Engenharia Civil. Logo após, é fundada a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em dezembro de 1955; e, durante a década de 1960, foram inaugurados os cursos de Engenharia Elétrica e Mecânica na Escola Politécnica, além do mestrado em Engenharia Civil.

Então, após duas décadas de atuação, em 1976, a Escola Politécnica da Paraíba torna-se Campus II da UFPB mediante uma reforma cêntrica que fazia parte da orientação política do Governo Federal para a Educação em nível superior. Com a reforma, a Escola Politécnica da Paraíba passa a ser dividida em dois centros – Centro de Humanidades (CH) e Centro de Ciência e Tecnologia (CCT).

Em 2002, mediante projeto de lei, é criada a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e o Campus II da UFPB é transformado em Campus I da nova instituição, juntamente com todas as instalações, discentes e docentes que usufruíam deste campus. Já em 2012, o CCT da UFCG desmembra-se em mais dois centros administrativos: Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI) e Centro de Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN), totalizando entre estes centros oito cursos de Engenharia, além de diversos cursos de ciências exatas e/ou relacionados à área de tecnologia.

Direção: Antônio da Silva Morais

Antônio da Silva Morais foi o primeiro diretor a assumir a Escola Politécnica da Paraíba e a administrou ao longo de onze anos, desempenhando um papel historicamente importante para a consolidação da mesma.  Natural do município de Garanhuns, em Pernambuco, foi professor no Liceu Paraibano, em João Pessoa, e posteriormente mudou-se para Campina Grande para trabalhar no Departamento de Produção Mineral. Devido à sua influência e à infraestrutura do laboratório desse departamento, surgiu a ideia de criar uma instituição que ofertasse o curso de Química Industrial. Essa ideia foi preterida frente ao projeto da Escola Politécnica que – no futuro – poderia oferecer além do curso de Engenharia Química, outras graduações relativas à engenharia.

Direção: Max Hans Karl Liebig

Max Hans Karl Liebig foi o segundo professor a assumir a direção da Escola Politécnica da Paraíba, interinamente, de 1963 a 1964, em ocasião da renúncia de Antônio da Silva Morais no final de seu mandato. Alemão de nascença e naturalizado brasileiro, fez parte da comissão de criação da escola e, após a sua respectiva fundação, participou de sua administração, assumindo cargos ao lado de Antônio da Silva Morais.

Direção: Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque

Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque assumiu a terceira gestão da direção da Escola Politécnica da Paraíba de 1964 a 1971, enquanto era Professor Titular do Departamento de Engenharia Civil.  Além disso, Lynaldo posteriormente também foi Reitor da Universidade Federal da Paraíba e teve grande contribuição na área da Engenharia Civil, tanto local quanto nacionalmente. Foi Diretor do Departamento de Viação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal de Campina Grande (1955/1959), membro do Conselho Diretor da Fundação Universidade Regional do Nordeste (1966/1967), membro do Conselho Estadual de Educação do Estado da Paraíba (1968/1969), Diretor-Adjunto do Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação e Cultura (1968/1969), Reitor da Universidade Federal da Paraíba (1976/1978), Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (1977/1979), Diretor Executivo da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica Industrial (1991/1997) e Diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Ao longo de sua carreira colecionou diversas premiações e menções honrosas em instituições de ensino nacionais e internacionais.

Direção: Francisco Barbosa de Lucena

Francisco Barbosa de Lucena foi o quarto diretor da Escola Politécnica da Paraíba. Um estudioso sensível aos assuntos de pesquisa e ciência, assumiu o cargo quando ainda cursava Pós-Graduação no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduado em Engenharia Civil pela UFPB, com Especialização pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Francisco atuou na direção da escola entre os anos de 1971 a 1975.

Direção: José Silvino Sobrinho

José Silvino Sobrinho assumiu a quinta gestão da direção da Escola Politécnica da Paraíba, entre os anos de 1975 a 1976. Natural de Itaporanga, interior da Paraíba, José Silvino formou-se em Engenharia Civil pela própria Escola Politécnica, fez Mestrado pela PUC do Rio de Janeiro e Pós-Graduação em Construção de estradas na Califórnia, Estados Unidos; além disso, também estudou Planejamento de Sistemas na Universidade de Kyoto, Japão. José Silvino, além de diretor da Escola Politécnica, também foi professor titular da UFPB e exerceu a direção do Campus II da instituição. Seu mandato foi o último antes da transição da Escola Politécnica da Paraíba para tornar-se o Centro de Ciências e Tecnologia do Campus II da Universidade Federal da Paraíba.

Direção: Sebastião Guimarães Vieira

Sebastião Guimarães Vieira foi o sexto diretor em sequência do recém criado Centro de Ciências e Tecnologia do Campus II da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) durante o período de 1976 a 1978; e se tornaria, em meados de 1979, o primeiro Pró-Reitor para Assuntos do Interior (PRAI), responsável por tratar de assuntos relativos à administração dos campi da UFPB sediados no interior da Paraíba.

Direção: Geraldo Nunes Sobrinho

Geraldo Nunes Sobrinho foi o sétimo diretor do então Centro de Ciências e Tecnologia, durante os anos de 1979 a 1981. Graduado também em Engenharia Civil pela UFPB, além de sua gestão no CCT, Geraldo Sobrinho também exerceu cargos no Ministério da Educação (1976/1979), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1973/1975), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), além do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Governo Federal.

Direção: José Farias Nóbrega

José Farias Nóbrega assumiu a oitava gestão da direção do CCT, entre os anos de 1980 e 1984. O professor era graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica, com mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública do Rio de Janeiro. Além da direção do CCT, José Farias ainda exerceu as funções de chefe do Departamento de Engenharia Civil, além de Pró-Reitor de Assuntos do Interior da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). José Farias ainda contribuiu como professor convidado a ministrar cursos em diversas universidades brasileiras, a exemplo da UFPE, UFRGS, UFAM e UFMG. Pesquisador respeitado, o professor ainda realizou cooperação técnica entre a UFPB e instituições estrangeiras no Canadá, na Alemanha e no Reino Unido.

Direção: Ademilson Montes Ferreira

Ademilson Montes Ferreira assumiu a nona direção do CCT, de 1985 a 1989. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade do Pará e Mestre, também em Engenharia Civil, pela Universidade Federal da Paraíba, na área de Geotecnia, Ademilson atuou como professor na UFPB, além de outras instituições como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (EMATER-PB), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), e a então Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Entre os cargos ocupados ao longo de sua carreira estão os de Secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Campina Grande (1999/2002), Diretor Superintendente da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado- Governo do Estado da Paraíba (SUPLAN) (2003/2007), Diretor Técnico da Companhia Estadual de Habitação Popular (CEHAP) (2007/2009), Diretor de Planejamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PB) (2011/2014), entre outros.

Direção: Jorge Luiz Beja

Jorge Luiz Beja foi o décimo professor a assumir a direção do CCT, entre os anos de 1989 a 1993, além de também ter ocupado o cargo de Pró-Reitor para Assuntos do Interior (PRAI) no Campus II da UFPB. Graduado em Engenharia Elétrica e Física (licenciatura) pela Universidade Federal de Goiás, posteriormente também graduou-se em Física (bacharelado) pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e cursou especialização em Processamento de Energia e Qualidade e Produtividade pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Tem experiência na área de Física, com ênfase em eletricidade e magnetismo, mecânica dos sólidos, mecânica aplicada, mecânica básica, fundamentos da termodinâmica e física geral e experimental.

Direção: Marcos Antônio Gonçalves Brasileiro

Marcos Antônio Gonçalves Brasileiro assumiu o décimo primeiro mandato de diretor do CCT entre 1993 e 1996. Formado em Engenharia Elétrica pela UFPB, posteriormente fez mestrado em Ciências Aplicadas pela Universidade de Waterloo, no Canadá, e doutorado em Ciência da Computação, também pela Universidade Federal da Paraíba. Marcos Antônio também chegou a assumir o cargo de Vice-reitor da UFPB (1996) durante o mandato do Reitor Jader Nunes de Oliveira.

Direção: Thompson Fernandes Mariz

Thompson Fernandes Mariz foi o décimo segundo diretor do CCT, atuando de 1996 a 1997. Natural do interior da Paraíba, do município de Antenor Navarro, Thompson Fernandes graduou-se em Engenharia Química pela UFPB onde também realizou seu mestrado na área de Processos Físicos de Separação. Posteriormente viria a realizar seu doutorado em Desenvolvimento de Processos Químicos pela Universidade Federal de Campina Grande (2013). Thompson também coordenou projetos de pesquisa aprovados pelo CNPq, foi Coordenador do Curso de Engenharia de Materiais, Chefe de Departamento de Engenharia de Materiais, Pró-Reitor para Assuntos do Interior (PRAI), além de ter sido representante titular dos docentes do CCT no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). Thompson também assumiu o cargo de Reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) por dois mandatos consecutivos até o ano de 2012.

Direção: Benedito Guimarães Aguiar Neto

Benedito Guimarães Aguiar Neto assumiu a décima terceira posição na gestão do CCT de 1997 a 2005. Neto fez graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), doutorado em Elektrotechnik/Fernmeldetechnik pela Technische Universitä em Berlin, Alemanha (1987) e pós-doutorado pela University of Washington, EUA (2008). Além disso, também foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Direção: Bráulio Maia Júnior

Bráulio Maia Júnior foi o décimo quarto professor na direção do CCT entre os anos de 2006 a 2013. Bráulio possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), além de mestrado e doutorado na mesma área pela Universidade Federal do Ceará e Universidade Federal de Pernambuco, respectivamente. Atualmente, é professor titular da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Matemática Discreta e Combinatória, atuando principalmente nos seguintes temas: matróides, grafos, polinômio de tutte, grafo e grupos ordenados. Leciona e orienta alunos na Pós-graduação em Matemática (Acadêmico e Profissional).

Direção: Ricardo Cabral de Vasconcelos

Ricardo Cabral de Vasconcelos foi o décimo quinto diretor do CCT de 2014 a 2021. Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Paraíba, Ricardo Cabral também realizou seu mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica na referida instituição. Atualmente, é professor adjunto IV da Universidade Federal de Campina Grande. Tem experiência na área de Engenharia Mecânica, com ênfase Materiais e Processos de Fabricação, atuando principalmente em Transferência de Calor na Soldagem.

A UFCG celebra o empenho e as contribuições de todos os seus ex-diretores na construção do CCT a fim de torna-lo a referência nacional que é hoje na produção do conhecimento científico-tecnológico nos âmbitos da universidade pública brasileira e da sociedade civil.