O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o ministro da Ciência e Tecnologia de Israel, Ofir Akunis, assinaram, nesta semana, em Brasília (DF), um protocolo de intenções para cooperação em ciência, tecnologia e inovação. Estão inseridas neste contexto áreas como tecnologias da informação e comunicação (TICs), engenharia, robótica, espaço e recursos hídricos.

Com a assinatura do protocolo, será instituído um fórum bilateral para definir as áreas de atuação, as metas e os planos de ação entre as nações. Em maio, uma delegação brasileira embarca para Israel, quando ocorre a primeira reunião de instalação desse fórum permanente.

“Essa visita é um marco no campo da ciência e tecnologia. A partir de agora, vamos consolidar essas relações usando uma estrada que é a da pesquisa e da inovação. Isso vai fazer com que o fórum permanente, com força de representação dos governos israelense e brasileiro, esteja construindo essa reciprocidade naquilo que é o conhecimento de Israel e do Brasil nas principais políticas públicas que possam interessar aos dois países”, afirmou Kassab.

Reconhecido pela excelência em setores como biotecnologia, engenharia e software, e apresentando a segunda maior densidade de startups do mundo e um dos maiores índices de exportação de alta tecnologia, Israel vem se consolidando como importante parceiro do Brasil em ciência, tecnologia e inovação. Maiores avanços nesse relacionamento são observados a partir de 2012, ano em que o Brasil passou a fazer visitas bilaterais de alto nível anuais e a discutir sobre possibilidades de cooperação em diversos setores, como aviação, nanotecnologia, meio ambiente e biodiversidade

Para o ministro israelense Ofir Akunis, o acordo de cooperação com o Brasil é estratégica e benéfica para ambas as nações. “Essa é uma parceria muito importante para Israel e para o Brasil. São dois países que têm muito em comum e que têm muito a ganhar com essa cooperação”, disse.

Recursos hídricos

Uma das áreas contempladas pelo documento trata de tecnologia para dessalinização de águas do mar para consumo humano e uso agropecuário. De acordo com Kassab, esse tipo de inovação poderá contribuir para reduzir os impactos da seca no semiárido brasileiro.

“Israel é referencia no seu conhecimento em dessalinização da água do mar. Essa prática, em algum momento, vai passar a ser importante em vários países e não apenas no Brasil. Pode fazer com que as secas sejam um problema menor no Nordeste, por exemplo”, ressaltou.

(MCTIC)