BabyBag: pesquisa da UFCG traz segurança a mães e bebês no pós-parto

Uma pesquisa desenvolvida nos laboratórios do Centro de Ciências e Tecnologia da UFCG promete acabar com um daqueles perigos e transtornos que só quem é mãe sabe. É que a médica pediatra neonatal Jackeline Tissiani, que lida com todas as etapas da gestação em sua profissão, está à frente de um projeto que busca dar mais segurança a bebês recém-nascidos no transporte desde a sala de parto até os alojamentos conjuntos, ou seja, o quarto no hospital.

A pesquisa, realizada no Laboratório de Avaliação e Desenvolvimento de Biomateriais do Nordeste (CERTBIO/CCT), tem a orientação do professor Dr. Marcus Vinícius Lia Fook, coordenador do laboratório, e recebe auxílio de toda uma equipe de doutores e pós-doutores do Centro.

“Não parece, mas é um caminho perigoso, pois muitas vezes o bebê vai entre as pernas da mãe, por exemplo. Há dificuldades e riscos grandes de queda, com vários incidentes reais”, explicou Tissiani.

Para resolver a questão, a pesquisa é objetiva: criar a “BabyBag”. Como o nome sugere, na tradução do inglês, trata-se de uma bolsa para segurar o bebê, garantindo um transporte mais seguro, humanizado e ergonômico. Mas não tão simples assim. Ela é elaborada a partir de estudos minuciosos, desde testes morfológicos, mecânicos, biológicos e de resistência. Tudo isso para garantir um produto ideal ao recém-nascido, considerando também seu tamanho, peso e outras características.

“Fazemos estudos com malhas, para descobrir as propriedades adequadas, garantir a ergonomia e evitar qualquer espécie de alergia, além de conseguir que a bolsa não se deforme com o uso, que possa ser esterilizada, e assim possa ser também reutilizada. Nesses pontos, mais especificamente, é que entra de fato a importância do trabalho com biomateriais”, explicou a pesquisadora.

A BabyBag também já passou por testes em situações reais de uso, com mães após o parto, e o resultado foi acima do esperado.

Na prática, a “bolsa” pode ser amarrada à mãe ou à maca onde ela está, conforme a figura abaixo:

O projeto está agora na fase de patenteação, aguardando registro para que o produto desenvolvido possa de fato ser comercializado e beneficiar diretamente a população. Um dos objetivos, por exemplo, é que seja disponibilizado, no futuro, ao Sistema Único de Saúde (SUS).