Conheça as mulheres (esquecidas) por trás da tabela periódica

MARIE CURIE (FOTO: WIDE WORLD PHOTOS/UNDERWOOD AND UNDERWOOD, NEW YORK/WIKIMEDIA COMMONS)

Fonte: Revista Galileu

Antoine Lavoisier, John Dalton, John Newlands, Julius Lothar Meyer, Dimitri Mendeleiev, Henry Moseley, Charles Janet: enquanto diversos homens aparecem na história da tabela periódica – que completa 150 anos em 2019 –, nenhuma mulher é citada por ter ajudado a criá-la ou aprimorá-la. Ainda que não tenham trabalhado diretamente na organização das linhas e colunas, algumas cientistas realizaram pesquisas que foram essenciais para a compreensão dos elementos químicos, contribuindo com o posicionamento dos componentes no sistema.

A mais lembrada, Marie Curie, descobriu o polônio e o rádio em 1897. Junto com o marido, conseguiu extrair apenas 0,1 grama de composto de rádio. Ela tornou-se a primeira mulher ganhar o Prêmio Nobel – e ainda foi laureada duas vezes. 

Pai da tabela?
Depois de Mendeleiev desenhar sua tabela em 1869, a química russa Julia Lermontova refinou os processos de separação dos metais do grupo da platina (rutênio, ródio, paládio, ósmio, irídio e platina). O único relato de seu projeto está nas correspondências de Mendeleiev, com quem ela trabalhou. Lermontova estudou em Heidelberg, e foi a primeira mulher a receber um doutorado em química na Alemanha, em 1874.

Conceitos
Os isótopos são versões desconhecidas de elementos existentes. Foi o químico britânico Frederick Soddy que introduziu este conceito à ciência, mas foi a médica Margaret Todd que sugeriu o termo – que significa “mesmo lugar” em grego. 

Stefanie Horovitz, química polonesa e judia, forneceu provas experimentais de isótopos. Trabalhando no Radium Institute, na Áustria, ela mostrou um elemento comum, como o chumbo, pode ter diferentes pesos atômicos, dependendo da derivação (decaimento radioativo do urânio ou do tório).

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QUÍMICA STEFANIE HOROVITZ (FOTO: AUSTRIAN CENTRAL LIBRARY FOR PHYSICS, VIENNA)

A canadense Harriet Brooks, estudante de física da Universidade McGil, trabalhou com Ernest Rutherford. Em 1901, os dois mostraram que a emanação (ponto de partida) difundia-se como um gás pesado. Isso indicou que um novo elemento poderia ser produzido durante o decaimento radioativo.

Em 1907, o escocês William Ramsay sugeriu que o radônio pertencia ao “grupo de elementos de hélio” – agora identificado como de gases nobres. Cinco anos antes, Rutherford e Soddy anunciaram a teoria da desintegração radioativa. Rutherford foi ganhou o Prêmio Nobel de química em 1908. A contribuição sobre o radônio de Brooks foi um passo crucial para o trabalho dele, mas ela raramente é reconhecida.

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